Fecharam-se teus olhos, amada.
A luz refugiou-se de meu âmago,
velando o preâmbulo de teu sorriso.
O escuro afoga em minha boca os teus lábios;
a tua voz não acariciará novamente meus ouvidos.
Deixarei que te afastes de mim.
Esta dormência que me toma,
já te torna esquecida.
Pelo que derribei e corri,
alcancei em léguas a vã lembrança
de um caminho deserto.
Caem as lágrimas feito poeira,
enchendo as minhas mãos vazias.
E segue a canção do partir.
Por fim, senti o desespero afastar-se de mim.
Tu não hás de vir,
e eu não hei de chorar.
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Roland Barthes