Agarrava-me às ancas;
doía sentir aquele vermelho
dos pelos se eriçarem
pelo azul de meu logro.
Consumia-se deleites
o mais tênue amarelo;
apertava-se roxo
contra o correntio afago.
Entre minhas coxas,
o ábdito negro de seu delírio,
na mais cortês turquesa
do seu saborear pagão.
E dava, pois,
ante o alaranjado espairecer
dos nossos lençóis,
cor ao amor.
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Roland Barthes