Musa! Musa minha que inspira na ausência. Quem és tu que me ensinou a amar? (Digo,) “Você não me ensinou a te esquecer”... Não temo, aprendo tropeçando, recompondo-te, desaprendendo, amando-te ao contrário. Um manual barato de autoajuda. Vômitos e contorções: te esquecendo.
___
[Página 109 do mesmo manual de autoajuda]
(...) Virou menina – de tranças and all – que tão repentinamente grita em afirmação: “Sou gente grande! Já sei amar!”. Igual à vez em que pensava saber andar de bicicleta sem segurar no guidão. Não precisam adivinhar: a cicatriz ainda está emoldurada em seu joelho. Só que dessa vez as cicatrizes criaram raízes mais profundas na menina gente-grande.
Inventa o mundo à sua volta, sorrindo às estrelas. Navega feito bailarina dançante sob a lua. Seu coração é seu mapa. Inventa, inventa nuvens e pinta o amor. Menina de fábulas, she expected nothing in return. A verdadeira stargirl que não soube esquecer o que hoje não faz bem. (...).
[Vire a página para encontrar a solução...]
___
(...) Igual à vez em que pensava saber andar de bicicleta sem segurar no guidão. Não precisam adivinhar: nunca mais andou de bicicleta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.
Roland Barthes