Tua tintura é a tua crueldade;
imprimindo sobre mim,
em minhas folhas brancas, brandas.
Impregna o travesseiro.
Debaixo do tapete.
Tinta vermelha sobre o chão.
Um jogo de ameaças.
O prazer quase desnudo;
transparência ameaçadora.
Pistola no silêncio.
Uma advertência; outra promessa.
Atiro.
O grito abafa.
Minha boca atravessando à contramão;
teus dedos delineando contrapelo.
A tua tintura derrama
um gozo fora-de-mim
sem remissão,
nem piedade.
Tingido.
Apenas vermelho.
Eu adorei esse texto, muito bom! Parabéns! *-*
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