quinta-feira, 21 de abril de 2011

XV


Poderia escrever mil versos; 
lamúrias do querer.
Mas ora vazia,
vejo-me acalentada
do desejo que prendia
os teus lábios
ao meu triste sonhar.
O tempo, 
às vezes inoportuno,
ensinou-me
o doer de relembrar.
Mas agora,
esquecida de outrora,
as amarras se soltaram
e o que restou
foram as palavras 
revoando pelo ar,
a vagar pela imensidão
do meu esqueçer.

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A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.

Roland Barthes