sábado, 26 de junho de 2010

Eclipse

A paixão é, pois,
Uma amansada das incertezas,
Um absurdo desejo;

É uma sede de bocas
Um entrelaçar dos braços
Uma confusão de dedos
Um ressuscitar das veias;

Uma palpitação de volúpia
Uma sacudidela desenfreada
Um eclipse das almas
E um morrer e reviver.

O amor é, portanto,
O fechar dos olhos,
E um eterno morrer.

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Roland Barthes