Falta em mim essa tua presença
essa vaga recordação de tê-la possuida
que lateja por não entender por que o amor
foi tão injusto, por ir-se sem dizer adeus.
Que careça em ti a minha dor
de coração, que em outrem
não encontra mais lugar
e que no abandono saúda a solidão.
De tão gentil estes teus lábios
sorriam um amor tão cheio,
de paixão antiga que só eu conheci.
Queria eu amar sem adoecer.
Te dei meu coração para tomares conta;
Mas agora ele bóia na água estagnada,
oco de esperança, morto de paixão
Sem o teu amor me diga como hei de partir?
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Roland Barthes