É quando ela pausa
para escrever
Que vem o incômodo.
Não é o olhar que
instaura o medo –
é a palavra que
fere;
que rasga, que
encrudece.
Já me dispo no medo
de sentir. Na certeza
de já adivinhar.
É na palavra que
ela me atinge.
É na palavra que
anuncia
o que os olhos,
já cerrados,
não querem mais
sentir.
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A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.
Roland Barthes